A DOIS POETAS IMORTAIS
José M. Raposo
Quando ao Rio eu cheguei,
Fiquei mesmo deslumbrado,
Com a beleza que avistei
Do cimo do Corcovado.
E o Cristo Redentor,
Deve se ter admirado,
Ao ver tanto pecador
Aos seus pés, ajoelhado.
Na noite de lua cheia,
Eu deixei o meu poema.
Gravado na branca areia,
P’ra garota de Ipanema.
Hoje, do Rio afastado,
Ao visitá-lo fiz bem.
Pois tenho n’alma gravado
Belezas que o Rio tem.
Eu
até sinto saudade
Dos
poetas imortais:
Carlos Drumond d’Andrade